"A Cor do Que Se Apaga" | "The Color of What is Erased" 

[EN]
In this research, I aim to understand the relationship between black identity and photography as a form of document, representation, and autobiography.  I put myself in front of the camera, attempting to fill in the blank spaces in the family album that I never had, recording the traces that show to me, and others: I’m a black woman.  What does this represent?  What does my body carry beyond the “visible” elements?  The image becomes a research tool, an autoethnography, and at the same time, a fiction of myself.  By building an album of photos and imagining memories, taking my small collection of pictures as a starting point, I seek to recognize myself, but also to understand relationships between photography and the construction of identities, the way our bodies are placed in the image and what they “they say”.   
How does the lack of photographic records of our ancestries make our identities depend on other representations, become more vulnerable to erasure processes, or even motivate us to seek to know what came before us, telling stories from the void?

[PT]

Nesta pesquisa busco compreender a relação entre identidade negra e a fotografia como forma de documento, representação e autobiografia. Me coloco diante da câmera, na tentativa de preencher os espaços em branco do álbum de família que nunca tive, registrando os vestígios que mostram para mim, e para o outro: sou uma mulher negra. O que isso representa? O que meu corpo carrega além dos elementos “visíveis”? A imagem se torna ferramenta de pesquisa, uma autoetnografia, e ao mesmo tempo, ficção de mim mesma. Da construção de um álbum de fotos e memórias imaginadas, tendo como ponto de partida meu pequeno acervo, busco me reconhecer, mas também compreender relações entre a fotografia e a construção de identidades, a maneira como nossos corpos se colocam na imagem e o que elas “dizem”.     
De que forma a ausência de registro fotográfico de nossas ancestralidades faz com que nossas identidades dependam de representações outras, fiquem mais vulneráveis à processos de apagamento ou ainda, nos motivem a buscar saber o que veio antes de nós, contando histórias a partir do vazio? 
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